domingo, 28 de novembro de 2010

On the road





Balangandam

Depois de tantos caminhos, viagens, encontros e rencontros, começo a processar o que foi essa experiência em minha vida. Nada se compara a tal mundo, a tal cultura tão exótica, ímpar e tão verdadeira, nada alcança a dimensão de atravessar a capa do tempo e transcender a barreira do espaço, navegando por outros portos, criando raízes e simplesmente tendo que se arrancar para um novo. Agora já é quente aqui, nos corações, nas artes, mas ainda vejo todo aquele branco que só se vê ele, neve, gelo, frio, tremer, respirar lentamente para não gelar os bronquíolos pulmonares e agora nesta mesma época, o sol, reluzente, o azul do mar, o verde das matas. Estamos de ponta cabeça no globo, estou há 30º abaixo a linha do equador, estava 62º acima. Os animais mudaram, os sorrisos são outros, a música é outra, o balangandam é outro. Já não ouço aquele silêncio mágico que me faz ouvir o som do universo, já não tenho a estabilidade temporal, voltei a viver o não tempo, voltei a viver o visceral. E as estações mudam sempre, isso faz ser mais emocionante, essa roda viva que gira, e não para de girar, na aceleração nula, nua e crua. Quero cair na estrada novamente, talvez agora para a própria linha do equador que me fez o chamado artístico, místico e estratosférico. Viva a natureza selvagem! Viva a Terra! Viva a arte! Viva a diversidade cultural! Viva a vida!
Aaron Ramathan

domingo, 20 de junho de 2010

Estas últimas tres semanas foram intensas, começando com um acampamento para ensinar os jovens a remar em canoas. Ficamos as 2 primeiras semanas em Kakisa, uma comunidade pequena, com apenas 60 habitantes, mas muito bonita, na beira do Lago Kakisa. Recemos jovens de outras comunidades como Fort Providence, Nahanni Butte, Fort Simpson e alguns próprios moradores de Kakisa. Dormindo em barraca, cozinhando com fogão de propano e muitos caminhadas em bosques e cachoeiras. Depois voltamos a Fort Providence aonde partiríamos de vez para a viagem de canoa pelo Rio Mackenzye, o objetivo era ficar mais duas semanas, mas tive que voltar na metade, pois teve mais um grupo de estudantes que esperavam em Kakisa.
A viagem de canoa foi interessante, vibrante e muito bonita, apesar que fiquei só cinco dias remando rio abaixo. Um dos momentos mais interessantes foi quando vimos uma Águia Dourada planando em cima de nossas cabeças, enorme..
Outro momento interessante foi o curso de primeiros socorros que foi dado durante os primeiros dias da trip, muito útil para uma viagem como essa.
Neste momento a viagem continua, infelizmente tive que deixá-os na metade, mas aguardo ansioso o dia da volta para saber como foi tudo..

Tenho apenas mais duas semanas no Canadá. Aproveitando ao máximo o tempo que me resta neste belo país aonde a natureza é bela mas selvagem.

Aaron Ramathan

Canoe Trip




















Kakisa - NWT














































sexta-feira, 28 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

É Tempo de Transmutar

Olha as gaivotas e os gansos chegando... milhares de gansos!!! Que algazarra que essas gaivotas fazem.. me acordam ás 4 horas da manhã com o nascer do sól. Sim, é esse o horário do sól nascente. O poente? Só depois da meia noite que fica realmente escuro. Díficil mesmo é dormir, talvez pela agitação de ver esse fenômeno, talvez pela luz do sól entrando pela veneziana, talvez simplesmente por estar á 62º ao norte da linha do Equador. Poder ver com definição cada estação do ano. Fantástico! Mas por enquanto esta tudo bem, pois os moquitos ainda não nasceram... selva meu amigo! Selva!